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Profissão Oficial de Justiça: o risco em nome da lei - Fúlvio

O trabalho dos Oficiais de Justiça envolve não apenas a responsabilidade de executar ordens judiciais, mas também a habilidade de lidar com adversidades inerentes a essa função. Em uma jornada repleta de desafios, esses profissionais não apenas enfrentam as tarefas do dia a dia, mas também têm que lidar com reações adversas quando as notícias que trazem não são bem recebidas.


A ASSOJAF-GO continua a série "Profissão Oficial de Justiça: o Risco em Nome da Lei", agora com o relato de Fúlvio Luiz de Freitas Barros, vice-presidente da entidade e oficial de Justiça com 23 anos de experiência na área. Encarregados de transmitir informações que, em muitos casos, resultam em consequências desfavoráveis para os destinatários, os oficiais frequentemente enfrentam frustrações e respostas negativas, que podem vir acompanhadas de violência, o que, por vezes, coloca em risco suas próprias vidas.


Ele compartilha uma história ocorrida há muitos anos em Campo Grande, onde ele e um colega receberam a missão de intimar líderes do Movimento Sem Terra, já no final de um plantão. O objetivo era assegurar que desocupassem pacificamente uma rodovia na saída de Campo Grande para Três Lagoas. No dia seguinte, eles seriam retirados forçadamente. “No entanto, o que se seguiu foi uma situação de alta tensão. Como estávamos à paisana, o medo foi que fôssemos confundidos e atingidos pelos dois lados.”


Fúlvio descreve a operação, que ocorreu durante o plantão, com falta de planejamento adequado e subdimensionamento dos recursos de segurança por parte da autoridade policial responsável. A equipe, composta por ele, um colega, um agente e um delegado federal, se encontrou diante de mais de 50 pessoas, incluindo crianças, idosos e adultos, que levavam consigo pedaços de pau e facões. A situação toda aumentou o risco de ameaça à integridade física de todos.


“Realmente, graças a Deus, nós conseguimos sair dessa situação. Então, as nossas atividades precisam ser muito bem planejadas, mesmo que você vá com uma autoridade policial, precisa questionar se realmente é o suficiente, coisa que não foi”, afirma Fúlvio. Daquela situação, ele explica que, no final, conseguiu cumprir o mandado e os manifestantes desocuparam pacificamente a rodovia. Ele, ainda novo na profissão, guardou pra sempre essa lembrança.


Ele ressalta a importância de planejamento rigoroso e de garantir que os oficiais estejam equipados com os recursos de segurança necessários, como coletes à prova de bala, quando necessário. O relato de Fúlvio destaca os desafios e riscos que os oficiais de Justiça enfrentam ao cumprir suas tarefas, enfatizando a necessidade de medidas de segurança adequadas para a realização segura de seu trabalho.


Assessoria de Comunicação da ASSOJAF-GO | Ampli Comunicação

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