Elisabete Neves Tomé Bitencourt tem 57 anos, 34 deles dedicados ao oficialato. Natural de Santa Bárbara de Goiás, ela sempre exerceu suas atividades em Goiânia e permanece na ativa, sendo hoje a oficiala há mais tempo no TRT na capital.
Uma das características principais da carreira, para ela, é a possibilidade de administrar o próprio horário de trabalho. Por outro lado, se queixa do tempo decorrido sem atualização da indenização de transporte. "O que é pago atualmente não é suficiente para o Oficial de Justiça arcar com as despesas do veículo", diz.
Nesses tantos anos de oficialato, muitas histórias marcaram a carreira da Oficiala de Justiça. Mas, uma delas, em especial. "Fui designada para fazer a entrega de alguns bens para uma empregada doméstica, como pagamento de uma indenização. As empregadoras tinham 70 e 90 anos, cada uma. Fiquei muito triste por tirar um fogão e uma geladeira daquelas mulheres. A situação foi muito delicada", conta.
Embora nunca tenha sido vítima de violência física, Bete, como é conhecida pelos colegas, diz que certa vez um empregador se alterou e a xingou quando do cumprimento de um mandado. "Eu o deixei falando sozinho e fui embora. Porém, sei que alguns colegas já sofreram violência sim, o que é muito lamentável."
A Oficiala de Justiça reconhece que o trabalho realizado pela ASSOJAF-GO é fundamental para a defesa de direitos dos Oficiais de Justiça. "A associação tem lutado muito por melhorias, em todas as reivindicações da categoria", reforça.
Amanhã, a última reportagem em homenagem ao mês do Oficial de Justiça.
Assessoria de Comunicação da ASSOJAF-GO | Ampli Comunicação
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